Confira os Percursos de Debates Públicos Disponíveis

NOVO PERCURSO: Juventudes Rurais

 
Jovens identificados sob o termo guarda-chuva “juventude rural” são bastante diversos. São pessoas entre 15 e 29 anos (considerando a definição do Estatuto da Juventude, Lei 12.852/2013), cujo modo de vida está vinculado à agricultura familiar, à reforma agrária ou aos povos e comunidades tradicionais: indígenas, quilombolas, pescadores artesanais, quebradeiras de coco, ribeirinhos, extrativistas, entre outros.
 
Ao longo deste Percurso, oferecemos várias referências que levam você a conhecer mais sobre políticas, programas e dados destinados às juventudes rurais, para debater o acesso dessa população não apenas a trabalho, renda, crédito, assistência técnica, mas também a educação, cultura, lazer e internet, para que se realizem plenamente e possam promover as transformações que desejam ver no mundo.

Objetivos

  • Estimular a valorização de zonas rurais, reconhecendo suas tecnologias ancestrais, riquezas culturais, produtivas e potencial de oferecer uma vida plena para todas as pessoas que ali vivem. 
  • Promover a reflexão crítica sobre as razões do êxodo rural e das migrações sazonais e suas consequências.
  • Estimular jovens do campo a terem agência em decisões que lhes dizem respeito e serem protagonistas de transformações sociais em seus territórios.
  • Conscientizar dos direitos do Jovem Rural, estimulando diálogos sobre oportunidades dignas de trabalho, educação, lazer e convivência sem discriminação. 

Longevidade e Diálogos Intergeracionais

O envelhecimento é um processo biológico, psicológico e social que afeta todas as pessoas. No entanto, esse processo se manifesta de maneira única para cada indivíduo, influenciado pelo contexto histórico e socioeconômico. As construções e os preconceitos etários sobre ser “jovem” ou ser “velha” nos atravessam à medida que ressignificam nossa identidade e nossa experiência humana. Segundo pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil vai se tornar o 6º país com maior população idosa no mundo até 2025. Por isso, é importante mudar a maneira como vemos o envelhecimento. Saiba mais neste artigo da Folha de São Paulo.

Este Percurso é um convite para aqueles que mesmo sendo jovem, reflita sobre como se quer envelhecer. Cuidar da sua saúde, vida social, financeira, continuar aprendendo coisas novas e se envolver na comunidade são essenciais para um envelhecimento saudável onde TODAS as pessoas possam envelhecer com saúde, continuar participando ativamente da sociedade e se sentirem seguras.

Objetivos

  • Imaginar um mundo onde todas as pessoas são agentes por toda vida e têm uma vida saudável e com propósito.
  • Facilitar e incentivar troca de experiências, aprendizados e colaborações entre diferentes gerações, interagindo com as pessoas idosas na sua localidade.
  • Promover a reflexão crítica sobre a visão vigente acerca do envelhecimento, combater o idadismo e propagar narrativas inclusivas e positivas sobre longevidade.
  • Planejar a longevidade desde cedo e buscar uma vida saudável, contribuindo sempre para o bem-estar da coletividade

COMECE POR AQUI: Arquitetando a escola para os debates públicos

A democracia é uma maratona. Vai muito além das eleições governamentais! O fazer democrático acontece em todos os lugares: nossas cidades, bairros, no trabalho e também na escola! Todos os dias participamos direta ou indiretamente de processos de decisão coletiva. Justamente por isso, elaboramos percursos de Debates que convidam as juventudes a refletirem e se organizarem coletivamente a partir das escolas.

Este Percurso é o nosso ponto de partida. É um convite para entrar em campo e conhecer as particularidades da sua comunidade e do seu território. Assim, vamos poder identificar os problemas que incomodam e as potências que movem os jovens de sua escola ou coletivo. A partir daí, montar equipes, construir parcerias, vencer obstáculos e debater os temas que afetam a vida dos estudantes vai ficar muito mais fácil!

OBJETIVOS

  • Fazer da escola um lugar estimulante para o debate de ideias, propostas e ações coletivas;
  • Estimular os estudantes a vencer a fadiga democrática; promover ações coletivas que sejam divertidas, que façam sentido para a vida na escola e fora dela;
  • Praticar a empatia e levar os jovens a se entenderem como agentes de transformação, capazes de redesenhar espaços sociais que promovam inclusão, respeito, afetos, alegria, satisfação e bem-viver para todas as pessoas. 

PRIMEIRO VOTO: A Hora e a Vez do Protagonismo Juvenil

As eleições são um dos maiores eventos numa democracia! No Brasil, elas acontecem a cada dois anos, quando são eleitos presidentes, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, senadores e governadores. Este é um momento de engajar a comunidade escolar nos debates, reflexões e principalmente ações que contribuam para amplificar as ideias e vozes das juventudes. Educadores, juventudes e gestores da educação podem e devem desempenhar um papel fundamental nesse processo!

Neste percurso, reunimos alguns passos e dicas para que toda a comunidade escolar possa fortalecer a mobilização política de jovens.

Objetivos

  • Despertar o interesse de jovens pela participação na política  e a representatividade da juventude nos espaços de decisão.
  • Estimular a formação de opinião, mobilizando a comunidade estudantil a reconhecer e buscar seus direitos e deveres, compreender a esfera da vida pública e os impactos das tomadas de decisão no seu dia a dia.
  • Aumentar o repertório dos jovens sobre a dinâmica da democracia, a história e o contexto institucional do sistema brasileiro.

RESILIÊNCIA: Juventudes e Justiça Climática

O mundo enfrenta hoje uma crise climática sem precedentes. Episódios recorrentes de enchentes, secas, incêndios, pragas, perdas de biodiversidade e doenças têm demonstrado como o ambiente e o desenvolvimento humano estão fundamentalmente conectados. A desigualdade social só piora esse cenário, colocando as populações historicamente marginalizadas em uma situação de risco ainda maior. Esses impactos são sentidos de formas e intensidades diferentes, de acordo com o contexto em que cada pessoa está inserida, seja pela localização geográfica, raça, classe, gênero ou idade. Nesse cenário, surgem movimentos por justiça climática, que buscam garantir que todas as pessoas tenham direitos e condições para enfrentar esses problemas.

A Justiça Climática se fundamenta no reconhecimento de que os impactos das mudanças climáticas não são distribuídos de forma equitativa, e que as pessoas de baixa renda, periféricas, negras, indígenas, idosas, crianças, pessoas com deficiência, dentre outros grupos marginalizados, sofrem uma carga desproporcional das consequências. Por isso, devemos centrar especial atenção naqueles que serão mais rapidamente atingidos pelos impactos das mudanças climáticas, levando em conta também as responsabilidades históricas pelas emissões de gases de efeito estufa e grupos que têm poder sobre os modelos de produção, consumo e uso de recursos naturais.

OBJETIVOS

  • Entender a emergência do conceito de Justiça Climática e sua importância num país marcado por desigualdades sociais;
  • Reconhecer os riscos dos eventos climáticos extremos para a minha escola e seu entorno;
  • Investigar quem está mais vulnerável e discutir o papel da escola e das juventudes diante dessas vulnerabilidades;
  • Instigar a comunidade escolar a se preparar para as mudanças climáticas e se envolver com as possíveis soluções.

POR UMA ESCUTA PERMANENTE: Reforma do Ensino Médio, a voz dos estudantes

Os Estudantes são os mais afetados pela reforma do Ensino Médio. Mas, como eles estão vivenciando este momento? São 7,9 milhões de estudantes, a grande maioria cursando o Ensino Médio em escolas públicas (88%, segundo o Censo Escolar 2022).

A grande diversidade de escolas pelo Brasil e as condições de desigualdade social nos convocam a estimular os estudantes a discutir suas experiências e demandas. Neste Percurso, você vai encontrar recomendações para organizar um Debate sobre o Novo Ensino Médio (NEM) em sua escola e influenciar a tomada de decisão que afeta a sua vida hoje e amanhã!

OBJETIVOS

  • Discutir coletivamente a experiência dos estudantes com o Novo Ensino Médio;
  • Reconhecer as demandas dos estudantes, organizá-las e apresentá-las aos gestores da escola para contribuir com a melhoria do Ensino Médio;
  • Despertar o interesse de jovens por políticas públicas educacionais e por uma educação que responda aos desafios do mundo atual.

ENEM: Acesso ao Ensino Superior Sem Camisa de Força

Muitos de nós, jovens, nos sentimos ansiosos e inseguros às vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros exames vestibulares. São reações normais! Afinal, o ingresso no Ensino Superior é um direito e um capítulo importante no desenvolvimento pleno de cada pessoa.

Antes mesmo do jovem pensar na preparação para os exames de admissão ao Ensino Superior, tem que responder a muitas perguntas. Que curso quero fazer? Que universidades têm boa reputação na minha área de interesse? Vou fazer o Enem? Se você está no Ensino Médio, essas perguntas certamente estão no seu dia a dia. A universidade é símbolo de ascensão social e faz parte do projeto de vida de muitos estudantes. Entretanto, acessar esse espaço ainda é um obstáculo para muitos jovens, sobretudo por causa dos vestibulares que não consideram os modos de vida, as condições, os projetos de futuro e os anseios das juventudes.

Já imaginou se o ingresso no Ensino Superior também considerasse o seu corre, e sua criatividade e a experiência que você ganhou na convivência comunitária, como critérios para a admissão? Como seriam esses exames se eles avaliassem um conjunto de valores e práticas dos estudantes em vez de uma lista de conteúdos? Vamos conversar sobre isso?

OBJETIVOS

  • Discutir o impacto dos exames vestibulares na aprendizagem e em toda a prática escolar
  • Compreender as expectativas, inquietações e dúvidas dos estudantes em relação aos vestibulares e ao ensino superior
  • Traçar estratégias para influenciar as políticas públicas de acesso ao Ensino Superior

DEBATENDO COTAS: Quando as Maiorias estão em Minoria

Pessoas pretas e pardas compõem 56% da população brasileira. Mas, ainda estão subrepresentadas no Ensino Superior. Levantamento feito a partir de dados do IBGE, pelo site Quero Bolsa, mostra que em 2019 estudantes negros eram 38,15% dos matriculados. Mas, essa proporção já foi muito menor. Em 1995, apenas 1% dos universitários eram negros, sendo que nessa época 25% da população mal sabia ler e escrever. Foi com a Lei 12.711, também conhecida como Lei de Cotas, em vigor desde 2012, que jovens negros começaram a ter acesso à universidade. Veja aqui respostas para as perguntas mais frequentes sobre a Lei de Cotas.

A promulgação da Lei de Cotas previa que o Poder Executivo deveria implementar, no prazo de dez anos, um programa de acompanhamento que avaliasse a necessidade de continuação da política. Estamos nos aproximando deste momento! Cabe à comunidade escolar, dentre as maiores interessadas nesta política pública, participar ativamente deste debate.

Objetivos

  • Despertar o interesse de jovens por políticas públicas de enfrentamento às desigualdades sociais e ao racismo, especialmente a Lei de Cotas.
  • Estimular a formação de opinião baseada em evidências sobre a Lei de Cotas e seus propósitos.
  • Aumentar o repertório dos jovens sobre os efeitos de políticas públicas afirmativas e o que pode ser aprimorado.
  • Priorizar a questão de políticas afirmativas na escolha de representantes políticos e nas práticas da educação.

BEM-ESTAR DO PLANETA: Um Ambiente Saudável Para Todos, Sem Sacrifícios

Como todo sistema, a vida na Terra tal como a conhecemos é regida por processos interconectados que sustentam as condições de temperatura, da água, a disponibilidade de alimentos, enfim, a existência de ambientes seguros para nós e para todas as espécies. Sempre que a gente muda um processo, como emitir muito mais gases de efeito estufa do que as plantas ou microrganismos podem absorver (a exemplo do CO2), corremos o risco de romper todo o funcionamento do sistema. Vários estudos mostram que já cruzamos pelo menos 4 dos 9 dos Limites do Planeta: as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, a mudança no uso dos solos e os ciclos de fósforo e nitrogênio. Veja mais nesta matéria da BBC.

A preocupação das juventudes com essa grave crise vem sendo evidenciada por movimentos ativistas, mas também pela ansiedade e a insegurança que os jovens manifestam no dia de amanhã. Durante as eleições, e para além delas, os jovens querem que a escola crie as condições para que os estudantes possam envolver toda a comunidade na construção de um desenvolvimento dentro dos limites do planeta. E que possam questionar lógicas econômicas e sociais que sacrificam o bem-estar de populações de baixa renda e grupos sociais discriminados em favor do desenvolvimento que favorece as elites.

OBJETIVOS

  • Envolver toda a comunidade nas discussões sobre um desenvolvimento dentro dos limites do planeta, que garanta o bem-estar de todos
  • Debater os anseios dos jovens em relação às causas ambientais
  • Introduzir a temática ambiental no cotidiano da escola
  • Compreender as propostas de nossos/as representantes para os desafios ambientais